Programação Final




Dia 07/08
Manhã

08h às 18h
 Credenciamento

09:30
 Apresentação da Orquestra de Violoncelista da Amazônia

10h
Abertura Oficial 

10:30

  
Conferência de Abertura




Foto: Shirley Penaforte

 
Questões sobre a “pós-fotografia” nas imagens contemporâneas de Arte
Dr. Philippe Dubois - Sorbonne Nouvelle-Paris 3


Local: Auditório ICJ
Entrada: Portão 03


      Dia 07/08
Tarde

14:40 às 16:40
Mesas Redondas
Mesa 01
No palco e nas telas: regimes de visibilidades e produção de sentidos
Deformar sentidos, transmutar pela arte: uma experimentação na formação de professores de Ciências e matemáticas
Sílvia Nogueira Chaves
PPGECM/UFPA
O Projeto (AUTO)BIOGRAFIA, ARTE E CINEMA NA FORMAÇÃO DOCENTE consiste em uma proposta de investigação que se lança à exploração, experimentação de algumas interseções teóricas e tecnológica na formação de professores da área de Ensino de Ciências e Matemática Tal proposta vem sendo pensada a partir de estudos desenvolvidos no campo da formação docente que articulam linguagem, cultura, produção de subjetividade tomando como base as narrativas autobiográficas que transversalizam modos de pensar a formação como um processo estético de criação através da arte, particularmente do cinema. A integração/discussão dessas temáticas trazem possibilidades de avanços científicos para a pesquisa no âmbito da formação docente e, por certo, contribuirão com avanços nas ideias e ações para a Educação em nosso país. Em linhas gerais as questões que orientam a investigação que ora propomos podem ser assim sintetizadas: Em que aspectos as narrativas (auto)biográficas na feição artística permitem pensar a formação fora das noções de identidade, universalidade e regularidade? Que efeitos, modos, forças motrizes essa perspectiva produz na transmutação de práticas formativas que rompam com a noção de supostos universais antropológicos? Atentos a essas indagações objetivamos: Explorar o potencial da linguagem artística auto/cinematográfica em experiências de formação de professores da área de Ciências e Matemática; Investigar como essa modalidade de escritura pode contribuir para pensar o campo da formação para além das formas canônicas do conhecimento de si, da auto-identificação e da reprodução de modelos de ser e de práticas docentes. Em termos metodológicos o trabalho será pensando por meio de um percurso cartográfico, que opera por variações, diferenças e não pela ordem da semelhança. Nessa perspectiva, a pesquisa toma como referencial de estudo autores da filosofia da diferença, tais como: Foucault, Deleuze e Guattari.

O corpo objetivado pelo olhar do fora
Cleudemar Alves Fernandes
 LEDIF-UFU
O estudo que ora propomos destina-se a mostrar o corpo como um texto a ser lido, no qual, sob o olhar o do outro (“do leitor”), o olhar exterior, materializam-se discursos. Assim o corpo torna-se suporte de um sujeito objetivado, pelo olhar exterior, como sujeito de identidade social. Para nossas reflexões, tomaremos como âncora uma coreografia que John Lennon da Silva, um rap, fez do ballet A Morte do Cisne e a apresentou em um programa de TV. Vislumbramos apreender os sentidos produzidos a partir do olhar do júri sob o dançarino antes, durante e após sua apresentação, o que desencadeou mutabilidade na objetivação que fizeram do sujeito. O que está em questão não é o corpo, mas o sujeito de ação, produzido por uma exterioridade social, cultural e política, marcada por movimentos, traços estéticos, etc. Considerando, ainda, que os discursos materializam-se pela linguagem verbal e por elementos de natureza não verbal, tais como imagens, gestos, exibição de aspectos corporais, vestimenta, mostraremos justamente a materialização de discursos em um corpo, cujos movimentos implicam transformações de sentidos e do sujeito, e possibilitam a objetivação do sujeito pelo olhar exterior, o olhar do fora.

A Amazônia em cena na produção jornalística televisiva nacional
Vânia Maria Torres Costa
 PPGCLC/UNAMA
A partir da análise de telejornais, exibidos nacionalmente pela Rede Globo de Televisão, observa-se o modo como jornalistas concentrados no Sudeste do país constroem a imagem da Amazônia. Tendo o texto televisivo como foco da análise, buscam-se as marcas de alteridade e identidade na busca do ‘outro’ amazônico e na reprodução de construções ideológicas construídas desde a conquista da América. Observa-se a visão de mundo dos jornalistas e o modo como ofertam a visibilidade da região. As narrativas reafirmam, na fixidez das representações, relações históricas de colonialidade onde a Amazônia emerge como selvagem em oposição ao Brasil civilizado. Observa-se no texto marcas de inferioridade e subalternidade na inserção dos sujeitos amazônicos, enraizadas em relações de poder produzidas histórica e culturalmente. Pretende-se refletir sobre texto e imagem como especificidade para pensar as narrativas do jornalismo que utilizam os recursos audiovisuais. Tendo o texto como prática social, observa-se o produto televisivo como a precipitação de fios ideológicos que demarcam imaginários reiterados historicamente. E nesse sentido, é possível identificar os silêncios do texto verbal que explodem nas imagens como algo que não pode ser dito, mas que sempre é mostrado.

Local: Auditório ICJ
Entrada: Portão 03




16:40 às 17:20

Abertura da Exposição Fotográfica
Belém: paisagens em (des)construção
Curadoria: Shirley Penaforte

Local: Hall do Auditório ICJ
Entrada: Portão 03 


17:20 às 19:40

Mesa 02
Convergências Culturais, Estéticas Tecnológicas e Relações de Poder

A Amazônia através das telas: povos indígenas e convergências culturais
Ivânia dos Santos Neves
(UFPA-GEDAI)
A Amazônia, gradativamente, começa a ser atravessa por cabos de fibra ótica, o sinal via satélite e rádio se propaga na região e os smartphones animam a vida na web. Em contrapartida, existem mais de 30 grupos de índios isolados na floresta e em muitas localidades, não existe energia elétrica sistemática. Os limites políticos, novamente, não fazem sentido, pois a sociedade midiatizada não respeita as fronteiras nacionais. No Brasil, acompanhamos a Primavera Árabe e, de longe, vimos os regimes autoritários sucumbirem diante de suas inconsistências políticas e da pressão nas redes sociais. Diante destas transformações, fica a sensação de que estas frentes midiáticas, com suas particularidades históricas, fazem parte da realidade do “outro”. No entanto, as denúncias de violação dos direitos indígenas no Brasil são exibidas pelo Facebook, pelo Twitter e não se limitam mais às fronteiras nacionais. Nos perfis de indígenas, nos blogs e em alguns sites institucionais, um número crescente de postagens visibiliza silenciados lugares de fala que propõem um ativismo na rede, mas também, de forma criativa, apresentam suas singularidades culturais nas telas dos diferentes objetos tecnológicos. Na Amazônia, onde vive a maioria dos povos indígenas, não existe primavera e ainda não podemos prever o que vai acontecer por aqui. Minha fala tem como principal objetivo mostrar a presença das culturas indígenas neste desenho multifacetado e convergente das redes de comunicação neste início de século.    


Corporificação e corporeidade na web: presença do olhar e de si por via da fotografia
Simone Tiemi Hashiguti 
(UFU)
Neste trabalho, propõe-se uma discussão dos processos de corporificação e corporeidade na web como efeitos da própria forma de participação dos sujeitos nos espaços da web, sobretudo nas redes sociais, e como efeito da constante presença das câmeras digitais no cotidiano, que parece vir instaurando certa nova forma sujeito-histórico-digital. Participar de redes sociais poderia significar, para alguns, apenas a criação de logins e senhas de acesso, tendo, assim, a permissão para utilização de sistemas de navegação e utilização de ferramentas, por exemplo.  Entretanto, para, de fato ocupar o espaço enunciativo do sujeito digital, em redes como o facebook.com, e ser identificado, lembrado como um seu membro, uma condição de prática de linguagem se coloca: a de que seja visível, tanto através da disponibilização de fotos de si, como das fotos por si tiradas dos lugares visitados ou das situações vividas. As fotos de si presentificam o corpo na rede e as fotos dos lugares ou pessoas enfocadas pelo seu olhar pela câmera materializam as narrativas individuais, imageticamente construídas, presentificando o olhar do sujeito na história e atestando ao outro os fatos da própria narrativa. Isso é possível pelo acesso cada vez maior a equipamentos, sobretudo o telefone celular, que permitem a utilização de câmeras fotográficas e arquivamento de fotos. Sem que haja a presentificação do corpo e do olhar para o mundo por via dessas imagens, corre-se o risco de ficar silenciado na rede, num auto-exílio.  Do acesso ao equipamento digital e à rede social, reflete-se, neste trabalho, portanto, sobre como o sujeito que olha a história é cada vez mais, o sujeito que fotografa a história e faz circular suas fotos, que faz visível ao outro seu olhar pela câmera fotográfica, e através dele, se faz visível na web. 

Os quereres e a estética da existência: a Matinta somos tod@s nós
Nilton Milanez 
(LABEDISCO/CNPq/UESB)
Minha proposta é discutir os regimes de visibilidades e seus entroncamentos a partir da produção audiovisual Matinta, curta-metragem de Fernando Segtowick, estreado em 2013. Tenho como meta central demonstrar como o regime do visível é marcado por leis e agenciamentos de regimes de dizibilidade e audibilidade na construção dos sentidos, marcados no corpo. Não tomarei a lenda amazônica em sua espessura per se, mas a colocarei em rede de emissões de história e memória de maneira que como lenda possa ser entendida e materializada no lugar não apenas de um sujeito localizado, mas colocando-a em rede com o modo de viver e de ser dos sujeitos do nosso tempo seja em Belém, São Paulo, Nova York ou Tókyo. Em resumo, de um lado, tenho como objeto discursivo um curta-metragem, que tratará de regimes do audiovisual para mostrar os reflexos de quem somos nós hoje nesse momento histórico; de outro, evidenciar que somos movidos pelos quereres que permeiam nossos amores, nossas dores, nossa região, nossa nação, ao mesmo tempo em que poderemos falar da arte de viver que se adequa aos prazeres do sujeito do dia atual. Isto é, quero falar de um lado de quem somos nós nesse momento. A Matinta Perera não está lá fora, ela está dentro de nós, tod@s.

Local: Auditório ICJ
Entrada: Portão 03


Dia 08/08
Manhã

09:00 às 10:30
Mesa 03
Circulações cotidianas do poder: na sala de aula e na mídia
Quem é o autor da aula que eu ministro?
Thomas Massao Fairchild
(UFPA/ANPGL/GEPPEP/DISSE)

Discuto a possibilidade de um professor ocupar uma posição de autoria em relação ao que faz na sala de aula e as maneiras pelas quais a autoria do ensino pode ser operacionalizada como elemento da formação de professores, especialmente em nível de graduação. Para tanto, parto de duas concepções de autoria oriundas de teorias do discurso. A primeira diz respeito à noção de “função-autor” elaborada por Foucault, para quem o funcionamento de certos discursos (não todos) é determinado, dentre outras coisas, pela relação entre o que é dito e o nome do autor a quem se atribui o que foi dito. Em linhas gerais, considero, portanto, que a função-autor corresponde a um regime da relação entre enunciado e enunciador. A segunda pauta-se em trabalhos de Possenti, Riolfi e outros, que discutem a autoria do ponto de vista do ato de produção de um discurso e das tomadas de posição do sujeito, neste ato, em relação aos discursos que o antecedem. Considero que, nesta perspectiva, a autoria é entendida como regime da relação entre enunciado e enunciação. Baseando-me na primeira concepção, discuto de que maneiras o professor é tomado como responsável pelo que se realiza em sala de aula, e questiono se há uma função-autor operando sobre os discursos de ensino. Baseando-me na segunda concepção, discuto o que fazem professores de Língua Portuguesa em formação quando são instados a elaborar uma aula, considerando que se trata de um processo de produção de discurso em que as vozes de pelo menos três conjuntos de enunciadores são agenciadas: os que representam o lugar teórico desde o qual a aula é idealizada; os que representam os recortes da língua tomados para estudo; e os que representam a atividade linguística pressuposta aos alunos a quem se destina a aula. Considero que o professor assume uma posição de autoria em relação ao seu ensino na medida em que, no próprio ato de elaborar suas aulas e interpretar os resultados que obtém: a) recupera para si traços da presença constitutiva desses enunciadores em seu próprio lugar de enunciação; b) trabalha para harmonizar suas vozes no discurso que produz; e c) assume a responsabilidade sobre o que veicula como sendo seu próprio ensino.

Um corpo de saber-poder: elementos de uma análise arquegenealógica de discursos
Pedro Navarro
(UEM / CNPq)
Minha intervenção nesta mesa-redonda é direcionada a uma reflexão sobre a relação entre discurso, poder e corpo, com base nos estudos da fase genealógica de Michel Foucault e tomando como material de análise discursos da mídia impressa. O objeto teórico de análise recai sobre a subjetivação do sujeito contemporâneo, a qual se manifesta em discursos sobre o corpo moldado pelo saber científico.  Em um primeiro momento, sigo algumas pegadas de Foucault, na tentativa de compreender sujeito e corpo como objetos constituídos no interior de técnicas disciplinares e de controle. Logo após, observo o funcionamento discursivo dos textos sob análise, com a finalidade de compreender o “como do poder”, isto é, o modo como um poder micro põe em circulação um determinado tipo de corpo, esquadrinhado e disciplinado mediante dispositivos que conjugam saber e poder.

Narrativas de confrontos e as relações de poder midiáticas.
Vanice Maria Oliveira Sargentini
(UFSCar)
Neste artigo, propomos discutir questões que envolvem o processo de ver e ler imagens, com o objetivo de analisar, por uma abordagem discursiva, como se dá a construção de imagens de confrontos relacionados à população indígena, segundo a perspectiva traçada na mídia de grande circulação. As questões geradoras desta investigação são as seguintes: A imagem é um discurso? A Análise do Discurso possui ferramentas para analisar os textos mistos? Os resultados obtidos nas análises apresentadas mostram que a recorrência e a rarefação de imagens orientam uma determinada leitura e que a intensa circulação de imagens intervém no jogo da produção de sentidos, distribuindo-as de modo rarefeito.
Local: Auditório ICJ
Entrada: Portão 03

10:30 às 12:00
Mesa 04
Análise dos discursos midiáticos no contexto da sociedade midiatizada

O jornal que dá forma ao sentido é mais do que um título de um livro importante de Maurice Mouillaud na área da comunicação no Brasil, reeditado agora em 3ª. edição pela Editora UnB; poderíamos colocar um acento circunflexo na palavra forma - pelo menos para dar o toque de sua pronúncia mais fechada - e assim o título da obra seria: o jornal que dá fôrma ao sentido. O verbo dar (dá forma), por assim dizer, formata os sentidos capazes de significar os vieses por onde se possa compreender a sociedade de hoje. Entre fato e acontecimento, entre realidade e possíveis verdades, o jornal, como o próprio nome indica, noticia os acontecimentos que marcam a jornada de cada dia na sociedade moderna. Dentre as leituras possíveis das dimensões e significações dos discursos que compõem o tecido e o contexto de nossa sociedade, marcadamente midiatizada, de hoje, destaca-se a “leitura de acontecimento”, que se refere aos ditos e ainda não ditos da vida em sociedade, mas principalmente a tudo aquilo que se possa ainda dizer e acontecer na vida em sociedade. Assim, jornais, revistas, TV, internet, a mídia como um todo, falam o que estão dizendo, ocultando muita coisa, mas principalmente mostram-se como previsões daquilo que possa acontecer entre nós, por força da marcha da história contemporânea. Assim, os discursos midiáticos postam-se para um presente futuro, fazendo acontecer os sentidos e valores em que vivemos e que ainda poderemos viver. Os discursos midiáticos, construídos no tempo do acontecimento, de ontem, hoje e amanhã, mostram os sentidos possíveis e compatíveis com a vida em sociedade hoje. A sociedade midiatizada pauta o seu comportamento como uma sociedade no tempo de cada dia, onde e quando esses mesmos mídia cumprem seu papel de mediar a força dos acontecimentos que servem de pano de fundo e de evidência dos valores com os quais hoje convivemos. Assim como o “tempo é o número do movimento”, segundo diziam alguns filósofos pré-socráticos, a mídia marca hoje o tempo e a temperatura de valores hegemônicos e não hegemônicos que compõem a respiração da sociedade em que vivemos.

Imprensa e política na Belém do início do século XX: construindo uma memória discursiva.
Netília Silva dos Anjos Seixas (UFPA)


Transformações da intimidade no casamento gay de Daniela Mercury e Malu Verçosa em Veja, Época, Caras e na internet.
Prof. Dr. Sergio Dayrell Porto (UnB)

Corpos Trans-formados: Lula, Chavez e Francisco nas gramáticas midiáticas.
Prof. Dr. Antonio Fausto Neto (UNISINOS- CISECO)


Local: Auditório ICJ
Entrada: Portão 03

 Dia 08/08
Tarde

 14:30 às 17:30

Apresentação dos Grupos de Trabalho (01 a 20)
Local: Pavilhões de Sala de Aula do Básico – F-G-H-I-J-L-K-M
Entrada: Portão 01

Dia 09/08
Manhã

09:00 às 10:30
Mesa 05
Cartografias de sentidos: entre o local e o global

Coordenação: Maria Ataide Malcher
(UFPA-PPGCOM)

Suassuna e Guel em diálogo – O Auto da Compadecida
Marly Vidal (USP)

O texto propõe um diálogo do “texto-fonte”, denominação por nós acatada, Auto da Compadecida, da autoria de Ariano Suassuna, com a microssérie, O Auto da Compadecida, de Guel Arraes, pensado o primeiro como ancoragem para o segundo, este percebido como um jogo de apropriações, de estilização, constituindo-se num todo reelaborado, recriado. Um outro objeto, um outro discurso. Estruturando-se pelo estilo – seleção operada nos recursos de linguagem e sua combinação, ou construção, modo como organiza os diferentes e variados recursos de que dispõe –, o discurso obriga-nos a perseguir o processo, que pensamos ser dialogicizante, intertextualizado, estilizado. Configurando-se como uma mostração, apresentamos, por um recorte feito na obra – as personagens – como esse jogo de apropriação e estilização é praticado pela autoria.


Comunicação e semiose no espaço da cidade
Mirna Feitoza Pereira (UFAM)

De que modo a cidade interfere na atuação das linguagens e da comunicação no ambiente urbano? Essa pergunta sintetiza as inquietações que motivam o projeto de pesquisa “Espaços semióticos urbanos. Um estudo da comunicação a partir das interferências da cidade na dinâmica dos sistemas de signos”, realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em Manaus. O projeto explora a cidade como espaço de produção das linguagens e da comunicação na cultura, por meio de uma compreensão do espaço da cidade como espaço semiótico, em outras palavras, como semiosfera. Guiado por essa compreensão, o projeto abriga um conjunto de pesquisas com recortes empíricos específicos e considera as interferências do espaço urbano na construção das possibilidades enunciativas, dos gêneros e dos formatos modelizados pelos sistemas de signos da cultura. A pesquisa adota o ponto de vista semiótico para os estudos da comunicação e considera a comunicação urbana como processo gerado pelas linguagens da cultura e, ao mesmo tempo, como manifestações geradas pelos mecanismos internos da cultura de organizar informações em linguagens. A pesquisa recebe financiamento do Programa de Infra-Estrutura para Jovens Pesquisadores, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

CARTOGRAFIA DE ORALIDADES: Comunicação e Patrimônio na Amazônia Marajoara
Agenor Sarraf Pacheco

A oralidade constituiu-se desde os tempos mais antigos num poderoso e atualizado campo de comunicação e herança patrimonial das sociedades humanas. Em muitos lugares, depois dos tempos de epistemicídios eurocentrados, ela se tornou, muitas vezes, o último recurso para que tradições herdadas  e dinâmicas não naufragassem em esquecimentos e silêncios. Na Amazônia Marajoara, a oralidade, também apreendida como território de vida, materializa-se em diferentes suportes comunicacionais e culturais, assumindo, deste modo, representação de patrimônio afetivo em suas redes de contato e relações de poder. Com base na concepção teoricometodológica de cartografia proposta por Martín-Barbero, revisito diferentes registros orais captados no corpo-a-corpo com populações de campos e florestas marajoaras entre 2002 a 2012, objetivando explorar discursos e práticas decoloniais nos interstícios com colonialidades que quiseram domesticar sentidos, performances e estéticas de histórias e saberes locais, transmitidos e atualizados na potência vocal de mulheres e homens da Amazônia Marajoara. 
Local: Auditório ICJ

Dia 09/08
 Tarde

10:30 às 12:00
Conferência

“Como se fosse a primavera e eu sorrindo”: Foucault, mídia e discurso


14:30 às 17:30
Apresentação dos Grupos de Trabalho (01 a 20)
Local: Pavilhões de Sala de Aula do Básico – F-G-H-I-J-L-K-M
Entrada: Portão 01


18:00

Encerramento
Auditório do Bloco K – Pavilhões de Sala de Aula do Básico
Entrada: Portão 01